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Habitações de Mínimo Impacto

 

João Barreiro

João Brejeiro

Me ensina a arte de ser pedreiro

Fazer com terra, chuva e calor

Um belo ninho pro meu amor 

 

As chamadas bioconstruções têm esse nome por seguirem alguns critérios como: utilizar materiais que já se encontram no local onde a construção é realizada, tratar a água de forma que não polua, utilizar o mínimo de energia...

 

Em geral são construções muito mais baratas às ditas convencionais- alvenaria. 

Acontece que SEMPRE a humanidade construiu suas casas com os materiais a disposição no local. Pense nas ocas em tribos indígenas, iglus dos esquimós, as cavernas e casas de pedra ou mesmo as casas de pau a pique (terra e bambú). 

 

O engenheiro John Smeaton, em 1756, desenvolveu uma mistura da calcinação de cálcios argilosos e moles que, reagindo com a água, adquiriam grande resistência. Provavelmente, a titulação cimento Portland adveio da comparação entre seu cimento recém-criado e a localidade com a ilha de Portland, de onde se extraiam as rochas calcárias comercializadas na época.

Já em 1824, o construtor Joseph Aspdin, recebe do rei George IV, a patente do cimento Portland.

No Brasil, a primeira tentativa de aplicar os conhecimentos relativos à fabricação do cimento Portland ocorreu em meados de 1988, quando o engenheiro Louis Felipe Alves de Nóbrega, na ilha de Tiriri, na Paraíba, e o comendador Antonio Proost Rodovalho, em Santo Antonio, Estado de São Paulo empenharam-se em instalar as primeiras fabricas de cimento no país.

 

Daí você já pode imaginar o que moveu esse povo a alastrar o cimento como matéria prima mais abundante na construção: MUITA GRANA. No Brasil10 empresas detem toda a produção de cimento do país!

 

Voltando às construções com terra, são várias as técnicas, muito difundidas no Brasil por Johan Van Lengen em seu livro Manual do Arquiteto Descalço.

 

As técnicas apresentadas aqui utilizarão, em sua grande maioria, a terra como matéria prima principal. 

 

O lance é: construir com o que tem ao redor. Lógico que para facilitar o processo, são utilizados materiais trazidos de fora, mas deve-se ter em mente que esses são elementos estranhos àquela região e que em alguma escala, afetarão as relações já existentes. 

 

Nesta página serão postadas as técnicas de bioconstrução. Avisaremos novos posts via facebook. 

 

SUPERADOBE / HIPERADOBE

 

Iniciaremos com a técnica do Superadobe, que já foi aprimorada para o Hiperadobe. A diferença é a trama do saco. No superadobe é utilizado o saco de trama mais fechada, aquele branco mais conhecido. 

Já no hiperadobe, utiliza-se um saco de trama mais aberta (como o das fotos abaixo) o que permite maior aderência entre as camadas e, na fasede acabamento, não é necessário abrir os sacos para rebocar. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  Casa construída em hiperadobe

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                              Detalhe da parede em hiperadobe: trama mais aberta. É possível ver as duas                                                                 fieiras de baixo já rebocadas com reboco natural.

                                                           

 

Aqui vai um video que mostra uma construção completa com superadobe:  

 

Superadobe: Terra socada dentro de um saco de polipropileno.

 

 

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